Transcrições resumidas
de quatro cartas que testificam a nossa participação nos Transportes Públicos
de São Paulo
1ª carta - São
Paulo, 15 de Setembro de 1983.
SECRETARIA
DOS NEGÓCIOS METROPOLITANOS
Av.
Brigadeiro Luiz Antonio, 554 – Bela Vista
01318 São Paulo – SP
Secretário Almino Afonso
Atravessamos uma crise econômica, que consome o
nosso dinheiro e a nossa paciência, sou um dos colaboradores da CMTC, já
encaminhei várias sugestões e até agora só recebi respostas negativas.
São Paulo é uma cidade que não pode parar como já
foi “slogan” de muitos políticos no passado, mas a realidade continua; nós
passamos muito tempo parados nos pontos de ônibus, além de tomarmos uma
condução inadequada.
A culpa é da população que não tem carro ou
trabalha longe?
O problema é a falta de condução para uma população
carente de necessidades básicas.
As empresas colocam carros precários, sujos, sem
conforto, quebrados, com identificação incompleta ou incorreta, com operadores
cansados trabalhando mais de doze horas diárias.
Essas empresas apresentam relatórios satisfatórios
para a CMTC quando há fiscalização, depois voltam a recolher os carros. Não
seria interessante Senhor Secretário fazer uma “Incertas” nas empresas com uma comissão de
auditores?
RESULTADO:
em Fevereiro de 1984 houve intervenção em 17 empresas de ônibus.
2ª carta - São
Paulo, 16 de Maio de 1985.
SECRETARIA
DE TRANSPORTES
Av. Nações
Unidas, 7.123 – Alto Pinheiros
05477 São Paulo – SP
Secretario Eng. Getulio Hanashiro
Venho mui respeitosamente, sugerir uma nova intervenção
nas empresas de ônibus, com uma comissão de contadores, auditores e a presença
constante da CMTC nessas empresas, que não aplicam seus lucros abusivos, como
retorno nas empresas e sim em outros empreendimentos, tais como: Fazendas,
Gados, Construtoras, Empresas de outros ramos, Altos salários para os diretores
e outras aplicações.
Seria de grande importância, esta intervenção,
notadamente nas grandes empresas de ônibus, garanto que com essa atitude,
talvez os preços das passagens seriam congelados por
muito tempo e o atendimento seria melhorado em muito.
O transporte público, é de vital importância para a
população, NÃO DEVE SER FONTE DE
ENRIQUECIMENTO DOS EMPRESÁRIOS.
3ª carta - São
Paulo, 20 de Julho de 1991.
18º
BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR / METROPOLITANO
Ten. Cel. Luiz Panhoca
Neto
Até quando vamos ter que aguentar as gracinhas dos
imbecís, que quebram as portas traseiras dos ônibus em nossa região?
O nosso pedido insistente, prende-se ao fato de que
a CMTC não melhora o atendimento desta linha colocando mais carros, pelo fato
das depredações constantes de ônibus em nossa região.
4ª carta - São
Paulo, 23 de Dezembro de 1991.
COMPANHIA
MUNICIPAL DE TRANSPORTES COLETIVOS – CMTC
Sr. Elci Silveira – Chefe
da Garagem
Foi com alegria que recebi a informação de que a
partir de Janeiro/1992 os ônibus terão as catracas invertidas e as entradas dos
coletivos pelas portas dianteiras, sendo essa uma das minhas sugestões para a
Secretaria Municipal de Transportes em 08/11/1991.
Jayme Pereira da Silva
São Paulo, 29/junho/2013
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